METÁFORA DE UM CAOS SILENCIOSO



" Dedicado à Flávio Alencar de quem eu extrai esse título tão expressivo do seu livro homônimo"



Pôr do sol da alma caído do sonho vão da vida,

Jaz inerte a esperança nessa estrada sem saída,

Por esse túnel sem luz, ( trafegar ás escuras é preciso)



Um pôr do sol de fim de tarde, vermelho crepúsculo...

Arde o sol diáfano da alma, mar e sol...

Areia desvanece a vida na palma da mão...



Tal como a vejo, tal como a desejo, tal como a idealizo...

Vida!... vida!... Vida!...

Daí-me trégua!

Vida! vida!

Légua após légua percorrida...



leva a água por suas vagas incertas

Na corrente do saber,

Entre as torrentes arrebatadoras das paixões humanas...

Leva o meu barquinho de papel jornal,

Nenhuma pretensão de nau...

Navegar? Talvez, (sem precisão alguma).

Naufragar? Certamente,

Num pôr de sol de águas profundas

A enterrar-se em águas claras que espelha o radiante sol,

Centelha panorâmica da paisagem surreal

Desses versos loucos a descrever a metáfora de um caos silencioso

Emergido de minhas profundezas como um monstro submarino.


por Leidivan Maldito

Um tolo e seus versos







Sou apenas um idiota que faz versos
Que guarda pra si um sentimento
Disfarçando meu tormento
Nessa alegre esquizofrenia de um dia enfadonho

Um serafim rebelde
Expulso do céu abstrato dos léxicos funestos
Contido no dicionário cheio de restos.
Tento escrever nessa masmorra de papel
A minha estória trágica e descontente
Narro meu próprio degredo sob o sol do meu medo
Ando entre antônimos e bebo entre interrogações.


Sou a vergonha sepultada
O idiota que escreve destinos
O tolo que fala de si mesmo
Certa vez ,nunca fui quem eu queria
Todavia,contudo
As crianças ainda viram gente
E os adultos viram velhos


Faço versos que mutilam
Feito adagas flamejantes
Que cortam o papel
Escrito por um réu.Chamado meu eu.


Um tolo e seus versos por João Henrique

O FOGO NOSSO DE CADA DIA


MINHA TEMERIDADE A TUDO QUE É NORMAL ATINGE PÍNCAROS ALTOS ONDE POSSO VER ANJOS SEM CU CAGAREM SUAS NORMALIDADES.
O homo negocious sapins de wall street NAO TEM MAIS EREÇÃO
Tudo será cavernas sem mitos
A procura de algum Platão com cara de Cristo de fim de semana
Mijaram no mar de Moiséis é no aquario do Free willy
Kadath é gente fina

NO CÉU TODOS SÃO NORMAIS
NO INFERNO QUEM DIRIA
HÁ BUROCRACIA

ATÉ QUANDO VOU SUPORTAR O MANIQUÉISMO DO MEU VIZINHO
O TERÇO AS LADAINHAS
AS CANTIGAS AS MODINHAS.

TRAGÉDIA MISÉRIA

HÓRUS,set
Os DEUSES CELESTES
O Deus Tekuila
Maria parecida
COM jOÃO


TENHO TANTAS TEMERIDADES QUE NÃO POSSO CONTA-LAS
O MUNDO TEM MEDO DE SER MUNDO
O tolo não sabe mais como virar esperto
Como um certo britânico disse “A maioria das pessoas apenas existe”

BORBA GATO ,SÍLVIO SANTOS ,BIL GATES

POLÍTICAS IMPERIOSAS
O estrume esta no ar
O fedor das gravatas chega até aqui
A norma é um precipício sem classe alguma
A BAGUNÇA é UMA FORMA DE SE ACHAR ORGANIZADO

viva! viva ! Au au au au trabalho nosso de cada dia
nem o Snopy nem o Rin-tim tim

AS MADALENAS NÃO MENSTRUAM MAIS
O ÓÇIO É O OFÍCIO DA CRIATIVIDADE

Tudo veio do peido
O peido é a chave do universo
A ideia DA CRIAÇÃO
De Darwin a Tio Patinhas
De Sócrates a Bin Laden
Incomodados com o que
Peidar é preciso . Viver não


ESCREVO POR QUE TENHO DOR DE BARRIGA
POR QUE ME SINTO PÉSSIMO
POR QUE FICO DE PAU DURO

E COMO EM QUALQUER POESIA QUE SE PREZE : O PROFETA FUMA "UM FIDEL CASTRO " PARA CONTEMPLAR AS PREGAS DO CU DO ESQUECIMENTO

JOÃO HENRIQUE

A dança da sombra



Não vejo nada além de fantasmas;
Sombras de mim que caem sem risco,
Erguem-se para envolver-me numa dança híbrida
O que compreender num rosto sem riso,
Enquanto minha face neutra encilha?
Na leveza dos passos que me carregam
Observo engraçado embaço harmônico
No discreto olhar francês que prega
O empirismo da embriagues do sonho;
Até que a sombra em mim implanta
O derradeiro brilho do canto.

Por Regis Moreira
 
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