Nota de rodapé
ou trecho suprimido
anjos
são demônios subidos.

A noite

Subindo paredes. Saciando a sede.... O suor, em seu corpo, vai condensando... Chovendo conforme vamos cansando. Gritos de alegria Em meio a um perfeito movimento de harmonia, Que, aos poucos, vai revelando desejos; Todos, deliciosamente, praticados entre beijos. Amo a maciez da tua pele E o cheiro que teu corpo expele. Adoro quando você, em mim, passeia, Pois nesse momento sinto o sangue pulsar [em minha veia]. Thiago Ivo

O Poeta e sua amante Poesia

Ali vai caminhando um homem chamado Poeta .Tropeçando no gritos e nas agruras do seu tempo.Conversa com as pitonisas e envereda pelas trilhas sem oráculos. É perseguido por Górgonas e Minotauros até o Hades solitário de suas crenças. Sussurra de vez em quando barulhos ao silêncio e faz metáforas com sofrimento crônico. .Depois de conhecer Poesia. O poeta rasga suas entranhas .E sua sede de carne conhece a hemorragia das paixões .A beleza escondida . O vicio. A entrega. .Nos becos sem tesão .Poesia faz danças em forma de cárcere .Nas avenidas sem orgasmos .Poesia trepa com todos. .Filha de um sátiro com uma puta .Mulher lúbrica encanta o poeta .Loucura,descontrole,luta. .Mulher dantesca salivada nos espinhos .Rosa mofada inundada de pétalas .Bebe o vinho ,bebe o vinho .Mulher caveira ! E dê a foda de todas as palavras . JOÃO HENRIQUE 10/09/2011

A NOITE

Meus caninos apodrecem lentamente Parece prudente que eu seja vencido Que se faça a vontade e se cumpra a sina Aceito a sentença que vem do desconhecido. Ofereço a Baco o rubro da carne e as tentações do prazer As tradições milenares, a vontade de ser Ser além do esperado. Perco-me na plantação de sonhos! Acho o motivo em um copo e o esqueço em tropeços. Por idéias, estou preso e acorrentado Leso por não acreditar em chances que sempre chegam. Ouço o ranger da alvorada e as passadas do relógio Que mistérios me aguardam ao fim do quarteirão? Abatido, termino o vinho que tanto me acompanhou Desapareço na escuridão entre vielas e calçadas. Vou chegando ao término de uma rotina que sempre tive Relembro a fotografia, sinto lentamente à brisa forte O destino faz-me perceber a cortina que estivera perto Meu corpo pálido e frio é um convite a morte. TALBERT IGOR
 
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