Tudo que guardo
em minhas gavetas
divido com as baratas.
Velhos desenhos,
poemas, 
lembranças,
amores.
Um dia se cansarão de se alimentar de sonhos
e eu de suas asas.







Está escrito!
Como homem 
caio do infinito.
Assisto atônito 
um cortejo 
anjos 
e demônios
Desejo
Desejo
Desejo
Caos harmônico
Caóticos lampejos
de lamparina.
Organizo tudo ao reverso
Um verso
Um verso
Um verso
Algo que traga paz
Palavras como sonhos,
Sonhos como estrelas
Ou sóis?
Somos apenas nós de novo
Tentando criar a idéia
A velha
ordem
morre de velha
E eu...
Armado até os dentes...
Contente, ensaio uma nova queda.

MOCHO-DIABO (STRIGIFORMES 270º)


O reflexo de eco em líquido bizarro,

Explode lento em sentimento podre escuro

De piado em bico raso, carne e barro.

É a leve pena da Deusa mística de paladar noturno.



Filha e luz da rocha em globos oculares

Cabeça adivinha dos sinistros mistérios

Devora egos em rastro frios dos ares

Reina fina paciência de nuvens em critérios.



Silêncio de olhos que observam fina capa d´alma

Jogo doentio de instinto natural do além-breve.

Terra, grau e galhos em neblinas se atrevem,

Falam por calma em corpo estático.



Ave solitária dentro da predadora sofisticada

Chamam-te Strigiformes ó Mocho-Diabo alado.

Não precisas de falatório, planetária nem Muscarias,

Esticada entre tal bailado, o que tu fazias?

São os olhos que apenas observam calados.

                     Talbert Igor

O amável cético perdedor




  Toma tua lágrima

                    Como teu pior sacrifício

É impossível não manter resquício

Desta tua vil tortura

                       Mergulhada em amargura

                        Com orgulho de ser poeta

Desdenhando tua própria meta

E tirando da dor,candura.

Passa

Pela noite silenciosa

Transformando teu ódio em prosa

E tomado pela loucura.

Diz-me

Que teus lábios estão cortados

Pelos ventos que são passados

Com teu mistério e tua negrura

Beija

A morte e saúda o tempo

Ele é teu melhor amigo

Ele forma no pensamento

Tuas barreiras contra o perigo.

Ele faz atrasar a morte

Ele cura teu corpo insano

Ele fecha aquele teu corte

Do lábio e do amor profano

Que pra ti é mais invenção do demônio.

Doente! Não tens neurônio?

É sagrado, é purificação!

Perdeste no jogo da vida

E hoje anuncia tua partida

Com rótulo de perdedor

Então fenece

Nos braços de quem não te quer

Daquela maldita mulher

Que hoje te rejeita e esquece

 
Thaís Araújo

O MALDITO SORRISO DO PALHAÇO TRISTEZA

Coloca sua roupa cheia de repetição e cansaço
POBRE PALHAÇO
Passa sobre o rosto enrugado a maquiagem amarga do próximo estardalhaço
 No seu olhar o medo escrevia amarguras coloridas 
Caminha forjando uma pressa que não quer chegar(DOR)
Comtempla a multidão afoita a gargalhar
Pensamentos e perguntas amordaçam sua existência
Palhaço do sorriso amargo /Velho saltimbanco decrépito  
Acorrentado ao pesadelo do sorriso (AMARGURA)
Falas fúnebres / gestos mancos
Caminha por entre o público
Olhares de desdém apunhalam sua comédia
Tenta contar piada /Arrancar aplausos
O palhaço não ri /O palhaço não brinca
Preso ao desespero e a mudez da plateia
Sobe ao trapézio
                                                                    Em um único salto seu pescoço abraça as cordas
                            O corpo rodopia sinistramente/bailando no sangue enforcado
Apenas aceita o apertar da garganta
O gesto funesto
Clown amaldiçoado
Gira ...............gira..............
A multidão atônita mordia o espanto. O silencio não suplicava vozes
De repente um sorriso fúnebre e azedo estava horrendamente esculpido nos cantos de sua boca 
E ALGUÉM GRITA  :
-  OLHEM ! OLHEM, O MALDITO SORRISO DO PALHAÇO TRISTEZA. 
 
Embora caias sobre o chão,fremente
afogado em teu sangue estuoso e quente,
ri! Coração ,trisitíssimo palhaço .
Cruz e Sousa
 

Incêndio da insanidade poética




                         Léxicos enlouqueciam
Rimas de debatiam no prazer sádico da folha incinerada
Metáforas morriam  
                       Poesias se contorciam
Sonetos agonizavam

Versos Alexandrinos no fogo incontido
                                           Na aliteração ígnea
Na assonância da vogal
                                     Fogo morto /fomentava as formas
Fosforescências foscas
Foragidas das faíscas 

Na simetria incandescente  
No papel em chamas /Ardendo nas asas incendiarias
                                                           Caídas perto da poesia de Safo
                                                            A filha do abismo . 


João Henrique 

Lembranças de sonhos à beira da praia




À beira da praia


Sonhos mortos putrefam em caixões abertos


Exalando um crescente mal cheiro


Sem sequer uma placa de aviso


Que grite: afaste-se


Ou que diga apenas: "deixe-nos esquecidos


Queremos descansar em paz"


Mas na lama suja da lagoa 


do mangue poluído ao lado


Seres respiram, borbulham


 Escondidos emitem sons


Me fazendo lembrar que ainda há vida


 E que os sonhos devem ser ressuscitados


 Em quaisquer destas páscoas

Ou numa cansada quarta feira de cinzas

Nem que seja para nadarem


E morrerem todos novamente 


Para novamente apodrecerem, 


À beira da praia


Bruno Sampaio



A Morte da Poesia




 A poesia está morrendo. Morrendo a pior das mortes: a morte silenciosa. Amedronta-me ver que diariamente as fileiras da má poesia têm mais adeptos, e que a da boa tem tão poucos correligionários. Prefiro não entrar no mérito de dizer o que é boa ou má poesia, não precisa-se de tanto; basta ler bons poetas para percebê-los como tais e os maus se revelam através de seus poemas pífios. Não há dramatizações. A poesia está morrendo a olhos vistos. Morre diante de todos e ninguém faz nada, deixa ficar do jeito que está. Como evitar essa tragédia (pois é uma grande tragédia, com todos os requintes de crueldade)? Quem a está assassinando?
O assassinato intensificou-se na transição do século XX para o XXI. O sangue jorra vertiginosamente. Existem tantos os que se dizem poetas hoje, que escrevem algo qualquer na forma de versos e brada aos quatro ventos que escreveu poesia, que sentem uma forte pulsão emotiva que os levam a cuspir no papel tinta borrada para depois dizer que escreveram sob a inspiração de alguma musa ou que seus poemas carregam um forte “carga sentimental”. A poesia morre. Morre nas mãos de adolescentes que criam blogs e despejam seus “dramas existenciais” em versos confessionalistas e tão mal escritos que um bom leitor não consegue esconder a indignação diante do ultraje literário. Os “poetas” de hoje estão mortos e escrevem poesia morta; poesia sem esforço, que não passa por um crivo de auto-exigência, de autocrítica, que se contenta com o fácil, com a simplicidade sem complexidade, com a superficialidade ou, pior ainda, com um regionalismo tão pueril que quem não for da região retratada não entenderá nada do que foi escrito. Não pensem que isso é coisa somente de adolescentes blogueiros. Muitos “grandes poetas contemporâneos”, que têm se deixado levar pelas “tendências do mercado editorial”, têm publicado livros sofríveis, de mediano para ruim, muito ruim; têm se reunido em simpósio e feiras e celebrado a morte da poesia como se fosse um acontecimento mágico e sublime.
O que salvará a poesia de sua morte iminente não será feiras e encontros literários, onde os, para usar uma frase do escritor espanhol Enrique Villa-Matas, “cretinos, escritores funcionários de merda, mortos” se reúnem e se digladiam na luta pelos holofotes, mas poetas compromissados com o literário sem ambições exclusivamente econômicas, ou imbuídos de um sentimentalismo tão bobo e juvenil quanto constrangedor. Não é com simpósio que se salvará a poesia, e sim escrevendo e produzindo bons livros, ou mesmo blogs (pois existem bons poetas perdidos nessa imensidão da internet). Poesia se salva com poesia.
Nem tudo está perdido. No meio dessa morte caótica de tantos endereços virtuais e nomes, a poesia ainda consegue respirar, uma respiração que exige esforço. Poetas que escrevem sobre a guia da meticulosidade, na dedicação de tirar de cada palavra o máximo de significados que ela possa ter, de pautar seu processo de criação num exercício de reflexão racional, onde seus versos sejam frutos de um árduo esforço de escrita, não somente um derramamento de palavras no papel, conseguem fazê-la respirar e não sentir-se tão esquálida e fraca.
A poesia está num delicado momento de sua história, se banalizando e sendo crucificada por carrascos juvenis, despreparados e preguiçosos. Mas não morrerá, mesmo com tantos poetas mortos produzindo poesia morta; não morrerá porque sempre haverá aqueles poetas doentes de poesia, que escrevem com senso de responsabilidade literária, que não queiram inflar o grupo da má poesia, da poesia mesquinha e barata, que se estende em varais e não tocam a fundo ninguém. A poesia não morrerá, mesmo à míngua e com poucos 
FONTE :

 Ricardo Silva


SÚTIL SACRÁRIO




Olhos rorejados de lágrimas com os quais observo placidamente teu corpo cair...
Na luxuria das dores que teu corpo sente
Na lama que banha teu corpo, na flor que derrama sua beleza impiedosa, manchando assim o inefável quadro de horror que surge diante de mim...
Olhos vazios que conheceram abismos, os mais escuros abismos do amor.
Os mesmos olhos que agora sopesam o cortejo velado que vislumbro da janela antiga, com os vitrais embaciados com o suor frio, do corpo febril que arde em agonia...
Teu corpo que dorme; dorme; dorme e, em sutil sacrário de lama e pedra...

O seu deus vencido, caído nos braços da dor dorme...
Anjos em revoada choram por tanta angustia e dor
Tanto desprezo,
Os olhos perdidos no horizonte sombrio
A culpa que inflama o medo...
A duvida que incita a vingança

Quando os sons e seus ecos se perdem no vazio
E sua voz se calar; a luz no escuro do abismo invadir minha alma, abrirei os olhos e na claridão irei cair...
A escuridão já sombria e lúgubre aumenta insuportavelmente a dor...

 Ronaldo Campello 

Vou celebrar!




 Vou celebrar as putas pelo prazer que elas dão
 Elas encerram o fétido jogo da sedução...
 Espalham-se pelas esquinas,
 Nos romances, em Paris,
 Nos dicionários as chamamos meretriz

 Penetrá-las é único prazer!
 Sentido por muitos em tempos já passados
 Por homens que do amor foram relegados



 Celebrarei o seu preço
 Que nem caro nem barato
 Derruba qualquer dúvida
 Que te faz um insistente chato

 Celebrarei as putas!
 Por sua exatidão
 Que desprezam aparências
 E só desejam seu tostão
 As putas acabam com a dor da solidão...

Daniel Carvalho



ENTREVISTA : Paulo Cesar

    Mais um vez o blog assume seu compromisso de garimpar os CEIFADORES DE PALAVRAS .Nessa entrevista Paulo Cesar expõe sua poesia sua alma, nessas linhas abaixo.Policial é poeta, ser humano de sentimentos únicos .


  • 1.Como a cidade de Cipó influenciou sua poesia ?
  • PC
  • Sou nativo desta Terra-Mãe, nascedouro das águas termais, bem como catador de versos por natureza, creio na pluralidade da existência, o que diga-se de passagem não foi por mero acaso nem encanto da natureza termos nos achado aqui nesse celeiro invisível e também de boa visibilidade aos olhos e senso comum. A energia de Caldas de Cipó, a Praça Juracy Magalhães, o rio quase morto (mas que ainda sobrevive arranhando os lábios de nossa mãe termal) o povo, nossas raízes, nosso jeito sempre diferente de atravessar a ponte e até mesmo as mágoas pelo que não temos ou não fizemos para ter, enfim...o borbulhar do gênio silencioso que emerge da febre de nossas águas.
  •  
  • 2.De que forma ocorreu seu despertar poético ?
  • PC
  • (risos) Lembro-me que quando ainda adolescente (criado por minha avó Nenê de João Bispo da Coelba), de posse de alguns livros antigos que meu avô João Bispo guardava em sua maletinha de madeira, nesse ínterim, eu contava com meus 13 pra 14 anos, fã dos versos de Drummond...”no meio do caminho tem uma pedra...”  daí que eu já me via a rabiscar uns versos sem pedir uma cerveja pra comungar aquele estágio, enfim tudo foi gradativo, e perceba que nunca fui um leitor assíduo. Sinto que essas raízes são profundas de modo que esse despertar é mesmo de outrora. Nessa seara deve ter acontecido mesmo de um estalo...que até hoje permanece estalando de quando em vez.
  •  
  • 3.Faça um breve resumo  meu caro PC sobre sua carreira poética (obras)
  • PC
  • Então meu Professor de Filosofia, durante os anos que se seguiram desde os idos de 1980 fui amontoando cadernos e rascunhos, manuscritos, recortes, conflitos íntimos, vivências, peças teatrais e nos idos lá de 1998 publicamos junto a gráfica bonfim meu primeiro livro de poesias intitulado: UM POUCO DE TUDO, que aliás de tudo mesmo ficou bem pouco, pois das 500 (quinhentas cópias) cerca de 300 delas transformaram-se em cinzas quando do incêndio do meu primeiro automóvel...isto ocorreu na cidade de Governador Mangabeira (recôncavo baiano) que a bem da verdade eu vinha do lançamento na cidade de Maragogipe-Bahia (na casa dos artistas, à época) com o objetivo de lançar também em nossa Terra-Mãe.
  •  
  • Anos se passaram e como a fonte nunca seca, após as virações e inquietações termais como de sempre, ressurge das cinzas IMPRESSÕES DIGITAIS (rabiscos&poesias) lançado pela editora Seven System (São Paulo), o que não me deixou satisfeito haja vista a obra existir de modo virtual (lapso meu, que devido a tormenta de emoções, deixei de observar algumas cláusulas do contrato no momento da assinatura) ver: www.biblioteca24horas.com, além do que o preço estipulado pelos editores (versão impressa), não condiz tanto com nossos padrões. Por hora estou a escrever contos e prosas, preparando o terreno para breve está com outra obra repleta de nuances “espíritalistas”, por conta da fase que estou atravessando, aliás faz 03(três) anos que me dedico a literatura espírita, escrevendo cartas, mensagens, poesias, textos espiritualistas sem qualquer entrave religioso nem beirar o fanatismo, aliás é no silêncio que tudo acontece. Gostaria de citar: Adenáuer Novaes, Martins Peralva, Chico Xavier e Divaldo Franco, cujas obras são indeléveis.
  •  
  • 4.Lançar um livro da trabalho como sabemos. Nos conte como foi o processo do lançamento de "Impressões Digitas "
  • PC
  • Os editores me encontraram enquanto postava poesias no site www.mesadoeditor.com.br, à partir daí partiram para a análise dos escritos, que após esse processo procurei registrar as obrar, encaminhei em pdf para análise, respondi um longo questionário enfim. Meses após essa tramitação recebi o contrato em minha casa. Confesso que a emoção da primeira viagem foi tamanha que nem recordo de ter lido na íntegra o referido contrato. Fiquei entre os dez escritores selecionados por eles. Os custos são razoáveis, entre
  • 5.Uma curiosidade interessante é a escolha da sua profissão policial militar não que isto venha a desmerecê-lo, mas nos conte como é ser policial e poeta viver nesse dualismo constante.
  •  PC
  • (risos) Eu sabia que você ia me perguntar algo assim, mas te digo que de bom grado fui recebido nos quadros da Polícia Militar que após 04 anos estando como Soldado, ao deparar-me no Centro de Formação de Cabos Combatentes (1996) de pronto fui relacionado entre os atores-policiais amadores para fazer parte do elenco do grupo teatral que ali existia, tive a honra inefável de conhecer o Coronel Anhamur Correia (Diretor do Centro de Formação), Major Giffoni (relações públicas à época), Sgt Pereira (poeta e ator), seres que me fizeram ver de perto a polícia dos meus sonhos naquela época. A profissão nunca se constituiu um entrave para mim, como vate de modo algum. Aprendi a representar meu papel de servidor público e poeta do meu tempo sem constrangimentos nem olvidar tal ofício, que na essência é proteger a população a que me dedico a servir, de modo que a própria arte e o bom senso tem-me amparado sempre, me inspirado a trilhar este caminho com a firmeza necessária ao  cumprimento do meu dever e como disse Che Guevara: sem perder a ternura. Hoje me encontro Sargento da Polícia Militar atuando na administração sem qualquer interferência do meu ofício de policial na arte de escrever. Aproveito para convidar os leitores a visitar o memorial Professor Evandro Goes que fica na recepção de nosso quartel, sede da Vigésima Primeira Companhia localizada no Bairro Pitomba em nossa cidade.
  •   
  • 6. O que ti inspira a escrever poesia ? 
  • PC
  • O pensamento que lateja dentro de mim. As pessoas. O silêncio.  Nossa Realidade. A musa que passa. Os espíritos que norteiam nosso senso de querer sempre o bem para nosso próximo.
  •  
  • 7 . Cite seus escritores e poetas preferidos?
  • PC
  • Tem muita gente que escreve com as tintas do seu próprio sangue. João Henrique, por exemplo (Ossuário de palavras mal-ditas), Raniery (Apologia das Águas) Glaydston Machado (todas as suas obras), Verônica, Ronald, Ailton Dias, os rabiscos de Eraldo...e os caras lá de longe...como a introspectiva Clarice Lispector (A Hora da Estrela), ah!!! O Carlos Drummond, Fernando Pessoa, José Saramago, Patativa do Assará...pô bicho...tem muita gente bacana que o verso tá na frente da gente, em cada esquina, em cada despertar (fiquei emocionado agora...vou tomar uma água e já volto)
  •  
  • 8. Atualmente esta fazendo alguma atividade ligada a literatura? Um novo livro a caminho? Ou enveredando por outros estilos ?
  • PC
  • Sim. Embora com o tempo corrido pra caramba...entre o trabalho e as atividades acadêmicas...você é testemunha ocular do que estou dizendo. Estou escrevendo sim...prosas, dissertações, mas como eu falei, um trabalho que reflete minha condição de alma na atualidade, muito embora sem pieguismos nem fanatismo...nem outros ismos do além-céu.

  • 9. Como você definiria sua escrita?
  • PC
  • Uma discreta metamorfose. Acho que é por aí. 
  • 10.
  •  Nesse mundo moderno você ainda acha que há espaço para a poesia principalmente entre os jovens?
  • PC
  • Sem dúvidas. Os jovens são a nossa riqueza. Abro um parêntese para uma ligeira reflexão. Ou nos armamos contra essa desaculturação musical inclusive, essa estagnação de valores, o adormecimento dos nossos espíritos do bem que garimpam em prol da arte poética, seja com promoção de semanas culturais, seja com até mesmo a proximidade entre nós poetas da terra e municípios circunvizinhos...publicação de uma coletânea inédita, divulgação do nosso trabalho nos meios de comunicação (me lembro que em 2006/2007 eu e o poeta Raniery apresentávamos o programa A NOVIDADE NO AR numa rádio em nossa cidade, sempre aos domingos), quem sabe a criação de nossa Academia, enfim meu caro, são tantas idéias luminosas que permeiam nosso orbe, que nos impõem a não desacreditar dessa premissa. A poesia é para todas as almas...inclusive dos jovens. Avançemos pois nessa simetria...SOMOS nós os intelectuais de HOJE.
  • 11. O espaço esta aberto para suas considerações finais
  •  ou agradecimentos enfim o que quiser meu caro P.C.
  • PC
  • Agradeço na sutileza do instante os questionamentos a mim dirigidos, o que para mim se constitui uma honra inefável, vez que não me furtaria a responder em qualquer tempo, posto que é a cultura nossa de cada dia que se aflora em poetas como você, meu ilustre professor de filosofia, poeta, conterrâneo e amigo das palavras certeiras. Considero-me partícipe dessa obra de arte, latente, pulsante e dotada de tanta ternura que alguns não se apercebem, já que as verdades travestidas de CERTAS VERDADES, não se coadunam tanto com a mesmice social em que vivemos (sem poupar adjetivos), refiro-me a sua preciosa obra: OSSUÁRIO DE PALAVRAS MAL-DITAS que li e ainda leio com atenção e carinho.
  •  
  • Que possamos nos encontrar mais vezes e da próxima vez distante dos corredores da faculdade, de preferência junto a um barzinho sem poupar caneta e papel...alea jacta est. Saudações Literárias a todos os que concordam e discordam, aos indiferentes...a todos os poetas de Cipó e do mundo inteiro. Luz e Paz a todos. Fraterno Abraço. Finalizo com uma poeisa do meu livro IMPRESSÕES DIGITAIS.  

 
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