Olhos
rorejados de lágrimas com os quais observo placidamente teu corpo cair...
Na
luxuria das dores que teu corpo sente
Na
lama que banha teu corpo, na flor que derrama sua beleza impiedosa, manchando
assim o inefável quadro de horror que surge diante de mim...
Olhos
vazios que conheceram abismos, os mais escuros abismos do amor.
Os
mesmos olhos que agora sopesam o cortejo velado que vislumbro da janela antiga,
com os vitrais embaciados com o suor frio, do corpo febril que arde em
agonia...
Teu
corpo que dorme; dorme; dorme e, em sutil sacrário de lama e pedra...
O seu deus vencido, caído nos braços da dor
dorme...
Anjos em revoada choram por tanta angustia e dor
Tanto desprezo,
Os olhos perdidos no horizonte sombrio
A culpa que inflama o medo...
A duvida que incita a vingança
Quando
os sons e seus ecos se perdem no vazio
E
sua voz se calar; a luz no escuro do abismo invadir minha alma, abrirei os
olhos e na claridão irei cair...
A
escuridão já sombria e lúgubre aumenta insuportavelmente a dor...
grato por divulgar!!!
força e honra...