O cheiro de Tânatos



Minhas epilpsias agora viraram música
Perdidas na melodia de um arpejo sangrento
Cuspidas sem canto cambaleando na boca de Tânatos
Misturando-se ao hálito fresco da morte

O vento não me venta mais
Faço fogueiras aos incêndios mais frios
Ò Dédalo ! faça com que eu não posso ser achado
Me perca entre velhas desconhecidas
Remendarei rostos no meu espelho

Estou á sentir o cheiro de tudo que é derradeiro
Escondido, não passo de um Diogénis sem luz
Dormindo, um morto sonhador

Beijo os trovões do Olimpo
Saúdo os dias que não viram
O agouro sem farsas enveredando pela minha carne
Aceito meu propósito

Cem bodes a Tânatos !
Cem bodes a Tânatos !

O sono se faz mister
O caos vomita instantes sem gosto
Saboreando o amargo de um defunto sem explicação



JOÃO HENRIQUE 03/02/2010


















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