Entrego ao vento mudo a minha fala
Sombra que cala e aguarda
Tempo distante cheio de estrelas mortas
Fulgurantes viciadas em brilho.
Comemoremos meus caros patrícios
As últimas gotas de vinho
A velha bêbada perto do moinho.
Eu tenho náuseas todo o fim de semana
Oscular o tédio ,deitar com a derradeira revolta
Para logo em seguida trepar com a primeira calmaria.
O opaco traço da minha dúvida verseja insólitas divagações
Despejadas em dionisíacos festins
Onde centauros ,sátiros e madonas
Comungam da hóstia depravada dos sentidos.
Sombra que cala e aguarda
Tempo distante cheio de estrelas mortas
Fulgurantes viciadas em brilho.
Comemoremos meus caros patrícios
As últimas gotas de vinho
A velha bêbada perto do moinho.
Eu tenho náuseas todo o fim de semana
Oscular o tédio ,deitar com a derradeira revolta
Para logo em seguida trepar com a primeira calmaria.
O opaco traço da minha dúvida verseja insólitas divagações
Despejadas em dionisíacos festins
Onde centauros ,sátiros e madonas
Comungam da hóstia depravada dos sentidos.
( 1977 - 201_ ) João Henrique
O filósofo Baruch Espinosa escreveu de maneira oracular: "o que pode o corpo?". Tempos depois Nietzsche ao se depara com essa frase reconheceu em Espinosa não somente um parentesco mas sim um predecessor. Cito a história a título de curiosidade já que Nietzsche (Espinosa nem tanto) é conhecido como o filósofo que celebra a vida e o corpo. Esse poema, como muitos outros desse mesmo autor há sempre uma celebração do instinto e da carne por assim dizer. Foram os artistas mais que os filósofos que sempre preconizaram uma ode a libido corporis.