O suicida caminha cabisbaixo
Percebe o fracasso,planeja e advinha
Esse ator de platéia vazia contempla
Que lhe escolhe deslumbra o delírio
Tenta fugir da nostalgia.
É o corsário que por mares desconhecidos
Por pântanos cotidianos e desertos vividos.Silencia-se ao espelho
O suicida é o mesmo paranóico de ontem,de frases e gestos
Arrependidos,por pálpebras sonolentas veste o cansaço.
É o cálcio que sustenta os ossos miseráveis da cabeça e o fio de cabelo que se desintegra
Agrega-se aos demônios ,que aos ouvidos sopram-lhe palavras lúcidas.
O suicida é a criança de hoje e o louco de manhã
É a negra sombra do telhado que acorrenta o olhar
É um corpo aparado ,pode estar em qualquer lugar.
Por Talbert Igor
ESSA É DO JOVEM POETA TALBERT PROVANDO QUE SENTIMENTO NÃO TEM IDADE