APOTEOSE CANCERÍGENA
Me chamam simplesmente de Câncer
Mas tenho muitos nomes
Sou aquele que devora
Sem instante nem hora
Do pobre ao abastado.
O corpo me alucina tecidos epiteliais
Neoplasias engasgadas na boca dos órgãos
Metástases sepulcrais canibalizam anseios existências.
Leucemia cantarolando pessimismos a esperança cinza
Fibromas sem classe ensinam a humildade
A um paciente varrido pela quimioterapia.
Malquerenças palpitando no desespero cru
Possibilidade maltrapilha de poder soprar vida
Carcinoma de foice sedento no crepúsculo dos hospitais.
JOÃO HENRIQUE
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