A CONSCIÊNCIA HIPERTROFIADA

Dorme no pesadelo a civilização Animada por drogas e outras panacéias metafísicas artificiais Forjados na mídia para o controle das massas... ...Catapultas sublevam meu ser Eleva-se ele (o meu ser)
 Ao paroxismo de um conceito metafísico
 Eu, andarilho em tédio
 Divago por estas suntuosas florestas de concreto inanimado...
Ora sentido-me grande
Mais das vezes sentido-me inútil e vil
 Niilismo passivo e ativo
 Atravessam-me feito flechas
 Pelo olho do furacão que desce garganta a dentro
 Me transformando num monstro de inércia...
 Todos os delírios e contradições
 Passeiam-me sempiternas e insondáveis eras...
Como o palhaço de si mesmo, é o outro que ri
 Riso convulsivo, sarcástico e sádico como são todos os risos...
 A megalomania esta para os conceitos
 Como a vileza para as ações. Nós, os criteriosos senhores feudais da ciência
Agrimensores rigorosos da verdade
Em todo o esplendor egoísta e solipicista
 Que exige nossa arte
Orgulhosos de si e indiferente como o solista
 Da grandiloquente sinfonia em seu majestoso ocaso...
 A tarde cai regurgitando luzes cinzas
 Numa profusão de tédio panorâmico ao pôr do sol a noite desprende-se do firmamento
Tomba sobre o globo
 Onde dorme no pesadelo a civilização
 Hipocondríaca e narcisista
Com sua exagerada subjetividade de introvisão unilateral.

 LEIDIVAN RODRIGUES

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