Toma tua lágrima
Como teu pior sacrifício
É impossível não manter resquício
Desta tua vil tortura
Mergulhada em amargura
Com orgulho de ser poeta
Desdenhando tua própria meta
E tirando da dor,candura.
Passa
Pela noite silenciosa
Transformando teu ódio em prosa
E tomado pela loucura.
Diz-me
Que teus lábios estão cortados
Pelos ventos que são passados
Com teu mistério e tua negrura
Beija
A morte e saúda o tempo
Ele é teu melhor amigo
Ele forma no pensamento
Tuas barreiras contra o perigo.
Ele faz atrasar a morte
Ele cura teu corpo insano
Ele fecha aquele teu corte
Do lábio e do amor profano
Que pra ti é mais invenção do demônio.
Doente! Não tens neurônio?
É sagrado, é purificação!
Perdeste no jogo da vida
E hoje anuncia tua partida
Com rótulo de perdedor
Então fenece
Nos braços de quem não te quer
Daquela maldita mulher
Que hoje te rejeita e esquece