MOCHO-DIABO (STRIGIFORMES 270º)


O reflexo de eco em líquido bizarro,

Explode lento em sentimento podre escuro

De piado em bico raso, carne e barro.

É a leve pena da Deusa mística de paladar noturno.



Filha e luz da rocha em globos oculares

Cabeça adivinha dos sinistros mistérios

Devora egos em rastro frios dos ares

Reina fina paciência de nuvens em critérios.



Silêncio de olhos que observam fina capa d´alma

Jogo doentio de instinto natural do além-breve.

Terra, grau e galhos em neblinas se atrevem,

Falam por calma em corpo estático.



Ave solitária dentro da predadora sofisticada

Chamam-te Strigiformes ó Mocho-Diabo alado.

Não precisas de falatório, planetária nem Muscarias,

Esticada entre tal bailado, o que tu fazias?

São os olhos que apenas observam calados.

                     Talbert Igor
 
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