Que as horas se fodam e os minutos se tornem assassinos/o pontéiro é como um machado que não joga dados manipulados/A sombra das horas acalma os ossos/E todos aplaudem,nesse picadeiro que é a vida morta/ Quem vai falar ao absurdo? Eu? acho que não/ Quem vai apaziguar a minha fome inquieta de um segredo?Eu? Acho que não/ Vou fazer magias e solucionar teoremas, trancados em garrafas em que não possa ver o fundo, sem trancas e portas/A fechadura da minha existência não tem chaves /sem sombras nem amarraduras /Sigo o caminho da minha eterna amargura/eu sou como uma centopéia com mais de dez mil braços e seis mil escamas contorcidas em falanges de misérias abandonadas sem credos e religiões /Sem sacerdotes, nem padres/Comungo entre hóstias demoníacas sem pele, seres moribundos decaídos sem palavra /Quê o absurdo faça a sua palavra e narre seus dias e nos conte,como faz para existir e viver . Escutem o ranger da porta, o som agudo, rastejante.Cambaleia pelos nossos ouvidos/Quantos moribundos são necessários para fazer uma tragédia?Não quero dar respostas apenas, fechem à porta!Fechem à porta!
Por João Henrique
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