VAGO, INÚTIL E TORPE - Com carinho, à todos os hipócritas


E quando sai o sol de amanhã

Quem já pergunta o que passou?

Quem nos faz além do que seremos?

Quem em vil desespero se alegra?


Em toda espada cria-se o suspense

De quem, frente a frente, não a teme

Porque o conflito é o mestre da verdade


E em todo vazio cria-se

De algo, em vácuo, em oco,

A latência eterna da esperança que nos alimenta


Pobres dos que saceiam-se com o muito

Pois serão vazios impreenchíveis


Pobres dos que enchem-se sem prazer

Pois serão sempre a mentira em partículas mortas


Salvos os que não aceitam mais que suas vontades

Nem menos que suas ambições

E não se negam, nunca

A assumirem, em grande alegria,

suas carnes, medos, dores e ódios.


ESDRAS PAIVA OLIVEIRA
09/05/2008

1 comentários:

  1. Dani Santos disse...:

    Aqui a carne grita em veemência, e assume em seus humores, seus delírios, seus desejos e seu alimento. Aqui o vazio se refaz.

    Muito bom tudo aqui... voltarei mais vezes. Abraço

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